sábado, 4 de julho de 2009.

Eu gosto dos opostos
Neles me encontro e me perco
Gosto das formas e das disformas
Que me forma e me reforma
Me desfaço
E faço o laço
E me enlaço num abraço
Enquanto desenlaço num esbarrão
A calma da rebelião
Brusquidão e gentileza
Muita fineza
Me dê licença de sair da frente
Sou diferente e igual a todo mundo
E me confundo
E me distingo
Para logo me tornar mistura
Pura e heterogênea
Alma gêmea do egoísmo
Da cumplicidade e da simplicidade
Simples e complicada
A cilada
Delicada,
Áspera como um rochedo
Brinquedo de fácil manipulação
Jogando com o coração
Ação de manipulador vil e justo
Justamente despudorado no seu pudor
No seu ardor escondido na cor
Da sua inocência tão indecente
Quanto insistente e discreta
Certeza incerta
Eu sou isso, também aquilo
Sou e também não sou.

(Texto escrito por mim em 08 de maio de 2004)

2 Comentários:

Anônimo disse...

Hum!Uma veia poetica? Tá aí! Não sabia que você tinha...Mas devo confessar que me surprendi..rsrs ! Gostei, ficou bem bacana!

Lenielson disse...

Extremamente introspectivo... Belíssimo.

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