Amizade

segunda-feira, 20 de julho de 2009.
Duas crianças,
cheias de sonhos,
meninices.
Companheiras das brincadeiras animadas,
dos medinhos sem fundamento,
das descobertas surpreendentes,
dos segredos para toda a vida.
Fieis, apesar de alguns desencontros,
que logo foram resolvidos.
As crianças crescem,
as mocinhas desabrocham,
as brincadeiras perdem o sentido,
os temores ganham outra intensidade,
as descobertas emocionam e atodoam,
os laços ficam cada vez mais firme,
o momento de auto-afirmação
com o mundo e consigo.
A mão amiga que apoia
Ao mesmo tempo em que também se descobre
o destino que as separa,
dá-lhes caminhos diferentes,
distantes...
Ficam as ternas lembranças
e os momentos em companhia uma da outra?
Vão ficando cada vez mais espaçados
até não mais existir.
Cada uma com suas ocupações
suas vidas
e no fundo do coração
a amizade adormecida,
mas ainda viva.
Duas mulheres,
atarefadas,
apressadas,
vazias...
mas que a cada novo encontro casual
comovem-se,
recordam
para dar continuidade ao amor fraternal,
resistente,
quente
e úmido de lágrimas siceras,
que nasceram das tolices infantis
e será levado com elas para sempre
em seus coraçoes.

(Texto escrito em 08 de outubro de 2003)

1 Comentário:

Anônimo disse...

Por Lenielson.
Maravilhoso, lindo, simplesmente demais. Para a verdadeira amizade o tempo ou distancia é simplesmente um detalhe insignificante, apesar do desejo de estar próximo e sempre presente predomine. Adorei.

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