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A história da menina sozinha (Parte 3)

segunda-feira, 28 de junho de 2010.

A menina que sempre sentira-se sozinha,
tornou-se uma mulher que lutava para ter esperanças,
desejava muito alcançar a felicidade,
embora não soubesse o real significado deste sentimento,
pois sua vida fora desilusão, tristeza e amargura.
Seguir em frente era a sua meta,
logo, ela jogou-se no mundo,
disposta a viver.
Nos caminhos da vida a menina conheceu a paixão,
de início ela ficou assustada,
e sem saber como lidar com essa nova situação,
mas logo descobriu o poder do encantamento,
do fogo que queima as faces
e acelera o coração.
Dia e noite ela lembrava do olhar daquele que ela tanto desejava,
recordava o som da sua voz
ansiando que ele dissesse-lhe palavras de amor,
que retribuísse ao seu sentimento,
mas como a vida lhe fora uma madrasta,
ela temia sofrer mais uma desilusão.
Um dia, timidamente, aproximou-se de seu amado,
e quando ele a olhou, cheio de ternura,
seu coração se derreteu,
suas palavras educadas, lhe soaram como música aos ouvidos,
e ela foi embora levando na memória as doces lembranças.
Passou as noite insones, quase febril,
revivendo o curto momento tão importante para ela.
Enfim buscou uma coragem dentro de si,
e voltou ao encontro do jovem rapaz,
o rosto em brasas,
e o coração em descompasso.
Trocaram palavras,
trocaram sorrisos
e cruzaram os olhares.
Após alguns dias de deliciosa e torturante espera,
ele abraçou-a suavemente
e beijou-a.
Neste momento, a menina sentiu-se inundada de tamanha felicidade,
que acreditou que poderia explodir.
Neste momento, ela pensou que a partir de agora não seria mais "a menina sozinha"
agora tinha esperanças verdadeiras,
seu corpo estava preenchido de amor.
E agora ela acreditava que era possível uma vida melhor.
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O Tempo

sábado, 26 de junho de 2010.


Existem momentos na vida,
onde não há tempo para se viver,
não há tempo para o amor,
não há tempo para contemplar.
A cada dia vive-se mais numa corrida desenfreada,
e incessante contra o relógio.
Será que o tempo está passando mais depressa?
Ou será que estamos indo além das nossas capacidades humanas?
Fazemos tantas coisas,
todos os dias,
que quando paramos para pensar,
não nos resta mais ânimo para nada.
A agenda está sempre ocupada,
enquanto a essência está vazia,
estamos nos tornando autômatos,
atendendo a todas as demandas que nos cercam,
e nos sufocam,
e não paramos para ouvir o som do vento,
ver a lua,
sentir o cheiro da terra molhada de chuva.
Deixamos de valorizar as coisas simples,
as que realmente nos dão prazer e força,
para atender aos grunidos selvagens das atividades cotidianas.
Deixamos de alimentar a alma,
para alimentar o ego
e estamos nos transformando em lindas embalagens,
máquinas ambulantes,
super práticas,
tecnológicas e eficientes,
mas completamente vazias de sentimentos...
Não quero me deixar embrutecer ou esvaziar,
Quero ser gente,
amar, viver e sentir.
Aproveitando o tempo que a vida me dá!

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Dia


Abra todas as janelas, que o dia chega!
Adoro o mar e o seu som...
seu murmúrio, os segredos que ele conta.
Não deixe de romper a inútil sombra
Dê adeus a noite,
este dia que chega está contente
esta manhã, este começo, o sol nasce
Subiu, rasgou o céu saindo do abismo,
onde a última noite cobre além da borda do que se vê,
na linha tênue do horizonte.
Cada novo dia, é um novo recomeço
uma nova oportunidade de estrear um passo diferente,
seguir por um caminho novo
e alcançar o inusitado.
Enquanto a noite pode representar o fim,
a perdição, a escuridão...
O dia representa o começo,
a oportunidade e a luz da vida.
Eis que há um ciclo constante de luz e sombra
e fim e recomeço,
isso que nos mantêm vivos,
a possibilidade de tomar um novo fôlego,
Respirar para suportas as lutas cotidianas.


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Madrugada

segunda-feira, 7 de junho de 2010.

Na madrugada a mente vagueia
os pensamentos vão longe...
tem dias em que a vontade é de sair do próprio corpo,
ir além do que o olhar pode alcançar.
Tem dias que está tudo tão cinza,
tão chuvoso dentro de mim
e ao me olhar no espelho não me reconheço,
não fico feliz,
ao olhar ao meu redor me sinto tão estranha
e deslocada.
Tem dias que a vida é tão insignificante e sem graça,
que dá vontade de dizer adeus
e partir de mim.
Por que ser infeliz com coisas banais e cotidianas?
Por que tem pessoas que sofrem mais do que os outros?
Para alguns parece que há uma destinação ao sofrimento,
ainda que hajam motivos para a felicidade...
Ahhh... como a mente humana é complexa
se tudo fosse apenas A + B, seria mais facíl,
mas a verdade é que não existem verdades absolutas
tem coisas que não se explicam
assim como tem pessoas que não conseguem ser totalmente felizes.

A felicidade ou a infelicidade são estados de espirito,
tudo é passageiro.
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